sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Bóris é uma vergonha

Por João José de Oliveira Negrão

O apresentador do Jornal da Band, Bóris Casoy, na edição do último dia do ano passado, ofendeu os garis e deu vazão ao preconceito elitista que marca o conhecido jornalista, autor do bordão moralista “isso é uma vergonha”, que ele usa indistintamente em diferentes situações.

Sem perceber que os microfones ainda estavam abertos, Casoy comentou a aparição, no final do bloco, de dois garis desejando feliz ano novo aos telespectadores. Em sua fala captada, que pode ser vista no youtube (http://www.youtube.com/watch?v=0H9znNpeFao), diz “que merda. Dois lixeiros desejando felicidades do alto de suas vassouras. Dois lixeiros, o mais baixo da escala do trabalho”.

O fato gerou profunda polêmica, o que levou Casoy a pedir desculpas – não muito convincentes -- em outra edição do jornal. Mas a besteira já estava feita. Vários sites e blogs repercutiram o assunto. Um deles, o cloaca news (www.cloacanews.blogspot.com), reproduziu matéria da antiga revista O Cruzeiro, que coloca Bóris Casoy como integrante do grupo terrorista de extrema-direita Comando de Caça aos Comunistas, o CCC. Em defesa de Casoy, manifestaram-se, em seus blogs, a colunista da Folha de S. Paulo, Bárbara Gancia – também conhecida por destilar manifestações preconceituosas – e o repórter da Band, Fábio Pannunzzio.

Já houve outros casos de microfones abertos. O mais conhecido foi o do ministro do governo FHC, Rubens Ricúpero, em entrevista a Carlos Monforte, da Globo, (“o que é bom a gente fatura, o que é ruim a gente esconde”). Também ficou famoso o de Pedro Bial, no Fantástico, comentando matéria sobre o Balé Bolshoi: “isso é coisa de viado”.
(Publicado no Bom Dia Sorocaba de 11/01/10)

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